Páginas

sábado, 2 de abril de 2011

A Magia da Leitura - 2005

..
Cleonice – Ah, se eu pudesse ler quantos livros existir! Os de histórias passadas e os das histórias que vão surgir... O que me importa se vida passa? Se há morte, ou, se há desgraça? Mais me importa é a necessidade de ler, a de escrever, a de sonhar... Conhecer, viajar, descobrir outro lugar, perceber, ver chegar um novo tempo em meu olhar. Infinitas estradas por onde andei, incansavelmente insisti. Foi viajando em outras galáxias que repentinamente um dia eu vi. Agora sou águia. Muito pequena, mas sou. Venho de longe, muito longe... Pra buscar o meu amor que de tão bela me encantou. Ela tem o que nenhum outro amor tem. Foi num lugar chamado mundo que por ela me apaixonei. Ah leitura! Meu amor maior! Sua vida me cativou. Sua beleza é tamanha que por força estranha, pra muito longe me levou. Quanta loucura encontrei nos caminhos que passei, mas desafio a qualquer pessoa que igual ti grande leitura nunca encontrei. E assim foi minha vida que por ti me apaixonei. (...).

Luana – Que loucura esta figura! Olhe em sua face, e, veja a bravura de uma pessoa em leitura.Oh, Monteiro Lobato! Que seria de nós sem ti? Diga-me Rachel de Queirós, se igual a ti poderá existir...

Glaiane – Por que estás a chorar por alguém que não existe?
Luana – Como não existe, se ela está em todo lugar? Olhe para todos, ela está em nosso olhar!

Patrícia – você que é inteligente que discute saber mais, já imaginou quantos livros leu em toda sua vida?

Glaiane – já esqueceu das frases mais ouvidas?

Tiago – Das casinhas construídas?

Coro – Já esqueceu?

Brendon – Onde está aquele livro que leu?

Luana – Em meio a que poeira você escondeu?

Brendon – Deve está trancado, chorando muito porque nele nunca mais toquei. Tenho lido várias vezes... Posso até dizer que já decorei.

Glaiane – Assassino! Assassino! Não deixe seu amigo morrer... Dê ele para alguém, faça-o sobreviver. Triste hora está passando, você não vê?

Patrícia – Hei você ai, porque olha tanto pra mim? Sou pobre e não pude comprar livro... Por favor, doa um pra mim...

Tiago – Oh, virgem dos lábios de mel! Oh, Iracema meu amor... Socorra-me porque estou apaixonado.

Brendon – De que falas meu amigo?

Tiago – Nunca ouvistes falar de Iracema?

Breno – Não!

Coro – Como não?!

Luana – Você não leu...

Cleonice – 'Pronto! Exauriu a pachorra. O jeito é meter a brimba pra matutar direito e encetar a labuta!'

Tiago – Que história é esta?

Brendon – Não ouvistes falar o que disse o autor?

Patrícia – Você que se diz inteligente que se julga conhecedor... Compreende o diz autor?

Brendon – O que não entendeu?

Coro – Você não leu...

Tiago – Leu?

Brendon – Para entender o que diz nossa gente, seja você um vencedor. Conheça a nossa cultura conheça Clarice Lispector.

Cleonice – Diga-me senhor... Sou ignorante por perguntar? Sinto uma imensa vontade de viver, de sonhar e sonhar!

Patrícia – Digo-te pobre trabalhador: inteligente é o que pergunta. O que não pergunta de nada pode saber. Só pergunta o que sabe, o que não sabe nada pode dizer.

Tiago – Mas não te preocupe por não saber... Só existe um remédio para a ignorância: é ler, ler e ler!

Luana – Você começa com pequenos livros. Um por um tenta entender. Sem demoras nem custo algum, muita coisa você vai aprender.

Patrícia – Hei, pessoal! Dêem espaço pra mim... Deixe eu me apresentar! Sou a mulher que encantou muitos e muitos e na vida eu fiz levantar.

Glaiane – Sou a que te diz o eu é cultura.

Brendon – Aquela que faz você viajar.

Luana – Diga-me se queres e eu farei você se encontrar, mas se não queres em nada poderei te ajudar.

Tiago – Está vazio? Venha aqui, aqui é seu lugar.

Coro – (Brendon, Glaiane, Patrícia) Venha não deixe amedrontar.

Coro – (Tiago, Luana) – Sou o livro que ensina pra vida.

Coro – (Brendon, Glaiane, Patrícia) – Basta você se ajudar.

Glaiane – Não esquente sua cabeça, comece a andar. Aos poucos tomo suas veias. E pra sempre se salvará. Em um mundo competitivo não vai ser difícil conquistar.

Patrícia – Leia. Mas leia mesmo!


Texto: Professora C. Andrade. 2005.

Nenhum comentário:

Obrigada pelo C.A.R.I.N.H.O de vocês, amigos!

;

OUTRAS LEITURAS

Cruz Selo UNICEF