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sábado, 30 de abril de 2011

Relatório Selo Unicef


CEB MARIA PEREIRA BRANDÃO
Revisão e atualização do mapeamento das expressões culturais de Cruz-Ce
Selo UNICEF edição 2009/2012

Ficha 01 manifestações culturais e eventos

1- Quadrilha
A quadrilha é uma dança típica de Portugal que foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses.
As primeiras quadrilhas de nosso município datam de mais de 30 anos. Elas aconteciam no Paroquial da nossa cidade, hoje situada a rádio 6 de Abril. Entre as manifestações artísticas eram produzidos dramas, pau de fita e muitas danças.
Hoje as quadrilhas são realizadas nas escolas onde envolve os alunos e toda a comunidade. Cada escola retrata um tema durante a apresentação de sua quadrilha. No momento da festa há barracas com comidas típicas para os visitantes comprarem. O momento é de muita alegria e confraternização entre alunos, pais , professores e toda comunidade.

Revisão e atualização do texto: Elias Matias Neto
Idade:13 anos
Data:30/04/11

2- Festa de São Francisco
A festa do Padroeiro tem mais de 120 anos. Cruz era capela de Acaraú. Desde a fundação em 1884 até a década de 1920, era uma igrejinha pequena, por trás da capela tinha a sacristia, e por trás da sacristia ficava a casa do padre. Havia uma gameleira frondosa e junto da mesma a casa dos músicos, que pela ocasião da festa tocavam a alvorada ás 5:00 da manhã e ao meio dia. Por volta das !7:00 o povo acompanhava uma procissão, enquanto a novena não começava. As missas só aconteciam pela manhã, e Não eram celebradas campal e sim dentro da igreja.
A imagem do Padroeiro é de fabricação Portuguesa, em 1883, fora encomendada pelo Padre Antônio Xavier de Maria Castro, então vigário de Acaraú. Sua benção aconteceu em 19 de dezembro de 1884 pelo mesmo padre. Veio sendo transportada até o povoado de Cruz, pelos padrinhos: João Augusto de Castro Moura, Major francisco Teófilo Ferreira, Leocádio Araújo, Paulo José Rodrigues, Joaquim Martins dos Santos e outros, como o Sr. Francisco Bernardino de Albuquerque e Albano José da Silveira, ambos responsáveis pela construção da capela.
Hoje a festa do Padroeiro “São Francisco”, além de ser uma manifestação religiosa e espiritual, é também um momento de reencontro de amigos e familiares. Durante os 10 dias, reflete-se o Evangelho, avida de São Francisco, hoje considerado o pai da Ecologia, pois teve sempre a Natureza e seus elementos como irmãos. É o homem do século, e meditando sua “pobreza”, temos a oportunidade de nos tornarmos bem melhor em relação ao próximo e a própria natureza.
Pela ocasião da festa também há apresentações das escolas no final da missa, barraca com artesanatos feitos pelo povo cruzense, como por exemplo, bonecas, redes, calcinhas infantis, tapetes, tucuns, etc.
São apresentados no final da novena, grupos musicais, cantorias, rezados, etc. Na rádio 6 de Abril são feitas entrevistas com pessoas idosas da comunidade e são transmitidas as missas para aqueles que não podem participar do momento por motivo de doença ou outro. Há também no final da missa, barracas com comidas típicas geralmente feitas pelas pessoas da comunidade, onde todos se reunem para conversar e bebericar enquanto assistem as manifestações culturais.

Revisão e atualização do texto: Lidiane Mara Rocha Araújo
Idade: 28 anos
Data:30/04/11


3- Carnaval
Festa tipicamente brasileira. No nosso município, o carnaval surgiu a mais de 40 anos atrás sobre o comando de Antônio Petronilha. Ocorria na escola estadual quando a mesma possuía apenas uma sala. O evento atraía pessoas de todos os municípios vizinhos, pois nos mesmos não havia essa comemoração.
No primeiro dia, chamado Sábado Gordo, as pessoas dançavam músicas lentas e não usavam fantasias. Os blocos percorriam todas as ruas principais da cidade, onde entravam em algumas casas para tomar algumas bebidas e em seguida prosseguiam os blocos. Os mesmos faziam dramatizações musicais carnavalescas para tornar os desfiles mais cômicos. Depois que o Sr. Antônio Petronilha mudou-se para Acaraú, os blocos passaram a ser liderados por Antônio Magalhães dos Santos e José Mendes da Silveira. Nesta mesma época havia o bloco do Sr. Antônio Veríssimo, mais conhecido como “Virício”. O bloco era composto apenas por homens que se vestiam de mulher.
Os mesmos usavam alguns materiais reciclados como: latas, baldes, sacos, etc, para fazerem barulho durante a caminhada pelas ruas da cidade.
Neste mesmo tempo ocorriam manifestações na rua da Quadra do Jonas, localizada na Rua Vereador Mundico Martins, esquina com a Rua Bernardino Farias, em seguida foram para o Scambal, em nossa cidade é festejado na praia do Preá, com algumas bandas e fogos.

Revisão e atualização do texto: Clara Maria Barroso Pinto
Idade:12 anos
Data:30/04/11
4- Festa da paróquia
Paroquia de São Francisco. A igreja se enche de fiéis, tudo é alegria. Chegou a festa da paróquia. Há celebração da missa, também o hasteamento da bandeira na praça e nas quadras esportivas com jogos. Essa comemoração se repete há 48 anos, quando os bispos com o objetivo de promover e assegurar o bem espiritual dos fiéis e atender ao desejo do povo cruzense, a paróquia foi criada. O assunto foi bastante estudado e na data histórica de 17 de março de 1958, o bispo Conde de Sobral assinou a Portaria de criação da Paróquia de São Francisco, porém a cerimônia de posse do primeiro padre, José Edson Magalhães, aconteceu somente em 06 de abril de 1958. Houve uma grande festa, e a partir de então todo ano comemora-se o dia da paróquia, 06 de abril.
A festa acontece com a celebração eucarística, onde a Banda Municipal, com seus instrumentos diversos colaboram com o evento. É feriado no município, e todos procuram estar disponíveis para as comemorações. A manifestação atende a todos que estão inseridos na religião Católica e que procuram crescer na fé e na evangelização.

Revisão e atualização do texto: Ana Paula Pessoa da Silva
Idade: 13 anos
Data: 30/04/11

5- A procissão de Corpus Christi
Corpus Christi ( expressão Latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. Ë realizada na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, que por sua vez acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de “preceito”, isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório particular, participar da missa neste dia, na forma estabelecida pela conferência Episcopal do país respectivo. Em nossa cidade acontece na sede do município e percorre várias ruas da cidade, tendo com ponto de partida a Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, e finalizando na Igreja Matriz são Francisco de Assis- local onde acontece a missa em Ação de Graças.
A manifestação começou com a necessidade da igreja local, fazer seus fiéis valorizarem a caminhada da igreja que busca nos ensinamentos de Jesus , os grandes valores para a vida do ser humano. A mesma foi iniciada pelo Padre Valdery, pois como sacerdote e pastor espiritual, sempre teve como base a espiritualidade e evangelização, para levar ao povo cruzense a palavra de Jesus e fazer com que esse mesmo povo entenda que Jesus está sempre no meio de nós.
A procissão do Corpo de Cristo, acontece com o povo em duas filas, deixando o centro em aberto para o padre passar entre todos com o Santíssimo. Durante o percurso os fiéis acendem velas, cantam e rezam.
É de costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Há também a benção simbólica em três casas por onde a procissão passa, para que assim todas as famílias sintam-se abençoadas. A procissão do Corpo de Cristo, chama a todos a viverem uma vida mais digna, pois durante a oração reza-se pela PAZ DO MUNDO e a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

Revisão e atualização do texto:Kananda Vasconcelos Nascimento
Idade:12 anos
Data: 30/04/11

6- Festa das crianças
A manifestação partiu da iniciativa da 1ª Dama Maria Inês de Farias e Aparecida (coordenadora das creches). Apesar de já existirem comemorações para as crianças nas escolas, foi somente a partir do ano de 94 que a Secretária de ação Social a realizou oficialmente. Havia passeata da Praça Afonso fontes a Praça da Matriz com carro de som, palhaços alegrando o momento, distribuição de Kits com bombons, chocolates e brinquedos. A partir de então acontece todos os anos na praça da Brinquedoteca, uma parceria entre a Secretaria de Educação com apresentação de números artísticos pelas escolas, com distribuição de pipocas, picolés e presentes. A praça é frequentada por várias pessoas, que vão prestigiar a homenagem às crianças, uma forma de valorizar a cultura local e seus talentos infantis.
Essa manifestação possibilita às crianças sonharem com um mundo melhor”.

Revisão e atualização do texto: Renata Brenda dos Santos Coelho
Idade: 15 anos
Data: 30/04/11



07- Reveillon

O Reveillon é uma manifestação importante, considerado uma grande festa do ano. Acontecia em praças ou em ruas largas do centro da cidade. Tudo começou no ano 2000, a partir da parceria dos organizadores da antiga Banda Staccato, do Bar Biri Nigth's e da Prefeitura de Cruz. Essa festa atraí uma multidão que vinha se divertir ao som da Banda Staccato. A maioria dos participantes geralmente assistiam a missa, a queima de fogos na praça da matriz e depois iam para festa comemorar junto com os amigos a passagem do ano.
Hoje, essa festa não acorre mais na sede na cidade, acontece agora na praia do Preá, também com bandas de forró e diversas atrações. As pessoas que ficam na sede , após a missa realizam ceias e comemoram juntamente com familiares e amigos a chegada do novo ano, desejando muita paz, saúde e amor entre todos.

Revisão e Atualização do texto: João Kardeon Rocha
Idade: 14 anos
Data: 30/04/11



08- Renovar – Carnaval Religioso

Existia em nossa cidade um grupo de católicos que se deslocava para Sobral no período de carnaval para participarem de retiros religiosos. Esse grupo foi então aumentando e comandado pelo coordenador da Renovação Carismática Católica foi criado então o Renovar – Carnaval Católico, para que todos os católicos tivessem oportunidade de participar. Esse evento vem sendo realizado desde então no Centro de Educação Básica Maria Pereira Brandão no período do Carnaval, cerca de 300 pessoas participam desse manifestação. Os organizadores fazem adorações, louvores, pregações e coreografias, acompanhados de sua própria banda musical e há também participação de missionários, padres, religiosas de outras cidades. No momento ocorrem conversões, transformações espirituais e fortalecimento da fé. Sempre no final da tarde de cada dia o movimento é encerrado com a Santa Missa, celebrada por padres convidados e no último dia o pároco da cidade, Padre Manoel Valderi da Rocha.
O carnaval religioso é um momento divertido e diferente de viver a fé em Deus.
Revisão e Atualização do texto: Tamires Rocha Sousa
Idade: 13 anos
Data: 30/04/11


09- Halloween

A ideia que temos de Halloween vem de tempos antigos. “Os celtas colocavam em suas portas caveiras, ossos decorados, abóboras e monstros com caras feias para espantar os fantasmas”. Por ser uma tradição forte, cada vez mais presente em nossa cultura, no dia 30 de outubro a cidade de Cruz se volta para a cultura americana, a tradicional festa do Halloween (festa do dia das bruxas), que vem acontecendo há alguns anos.
O evento teve início no ano de 1997, com o professor Almir Feijó, que na época realizava a comemoração em uma casa próximo ao cemitério.
No ano de 2000, foi inaugurada em nossa cidade uma boate chamada Piil's Dance Enterteniment. Na noite da festa, a mesma é decorada com teias de aranha, bruxas voando em vassouras, morcegos, vampiros, caixões, velas entre outras coisas. Essa festa atrai pessoas de todas as cidades vizinhas, e para entrar na festa, os participantes devem usar fantasias à caráter ou roupa preta. Há três anos vem acontecendo uma nova versão do Halloween, só que para o público infanto-juvenil, a mesma acontece no dia seguinte (domingo) à tardinha, e todos também devem participar caracterizados.

Revisão e Atualização do texto: Ana Cristina Vasconcelos
Idade: 13 anos
Data: 30/04/11

10-Coroação de Maria – Maio Mês Mariano

Há muitos anos, no nosso município, é comemorado no mês de maio, o mês de Maria. No início, quem era responsável por essa comemoração era a Senhora Maria Raimunda do Nascimento, que morava no alto da Brasília, antigo Porto das Canoas, e depois, nesses últimos anos a Senhora Brígida de Oliveira Moura, que já trabalhava com a mesma. Ela vem dando continuidade a este evento, que para ela é de tradição católica.
Durante todos os dias do mês de maio são realizadas novenas nos bairros da cidade e na Igreja Matriz, no último dia do mês, ocorre a procissão saindo do bairro de Brasília, da frente da mais nova igrejinha, onde percorre as ruas do bairro até chegar a Igreja Matriz, com crianças trajadas de anjo e soldadinhos levando o estandarte e um altar levando a imagem de Nossa Senhora, enfeitado com as cores azul e branco. Após a coroação, os participantes comemoram com festa e queima de fogos. Esse movimento reúne a comunidade num ato de fé e oração durante todo o mês de maio, onde ninguém mede esforço para participar.

Revisão e Atualização do texto: Keulle Nicole Nascimento
Idade: 13 anos
Data: 30/04/11


11- Noite Cultural

No ano de 2001, teve início uma manifestação no Centro de Educação Básica Maria Pereira Brandão, intitulada Noite Cultural, que tinha por objetivo resgatar a cultura e valorizar nossas raízes.
Durante aproximadamente dois meses a escola voltava seus trabalhos para este evento. Professores e alunos eram divididos em dois grandes grupos e passavam a trabalhar as tarefas estipuladas pelo Núcleo Gestor, líderes dos grupos e representantes dos organismos colegiados. As tarefas eram três: Abertura e Rainha do grupo, Coreografia e Tarefa Surpresa.
O tema de cada Noite Cultural era escolhido pelos representantes citados acima em uma assembleia geral. Os ensaios das apresentações eram feitos pelos professores, no contra turno para não atrapalhar a aprendizagem dos alunos.
Esse evento encerrou-se na décima edição, em 24 de setembro de 2010, fazendo a retrospectiva dos melhores momentos das Noites Culturais anteriores.

Revisão e Atualização do texto: Regina Márcia Silveira
Idade: 29 anos
Data: 30/04/11











Revisão e atualização do mapeamento das expressões culturais de Cruz-Ce
Selo UNICEF edição 2009/2012

Ficha 07- Expressões e vocábulos locais e regionais

1- “Bunitim”
É uma forma de se chamar atenção de alguém, quando esta fazendo algo de errado, mas de forma pejorativa, deixando a pessoa por baixo, humilhando-a.
Exemplo: “Sim bunitim, foi você quem quebrou essa mesa de vidro!
A Criança e o adolescente usa no momento que está irritado com algo e quer chamar atenção do culpado por algo feito.
Revisão e atualização do texto: Sabrina Victor de Araújo
Idade: 10 anos
Data: 04/05/2011


2- “Burro”
Designa-se a uma pessoa pouco inteligente, e é usado quando se quer inferiorizar alguém por ele não compreender algo condizente com o que se quer explicar. Exemplo: “Seu burro! Você não vê que isso esta errado”.
Com o uso dessa expressão, a criança e o adolescente, deixa a pessoa humilhada e excluída daquele grupo ou assunto deixando-a com a estima baixa.
Revisão e atualização do texto: Karolaine Sousa Pereira
Idade: 11 anos
Data: 05/05/2011


3- “Cunhã véia e Caboco véi
Usa-se quando quer se referir a uma pessoa de cor negra ou morena ou até mesmo de poucas posses, quando se tem a intenção de ofender alguém, a inferiorizando.
Exemplo: “Ela é uma cunhã véia que nào serve nem para cuidar dos filhos.” , ou “Ô caboco véi besta!”
A criança e o adolescente passam a fazer uso desta expressão, como um ato de discriminação e a utilizam em várias situações do dia-a-dia.
Revisão e atualização do texto: Luiz Gustavo Souza
Idade: 10 anos
Data: 30/04/2011


04- “Tamborete de Forró”
Expressão pejorativa, usada para referir-se a uma pessoa de baixa estatura. Usa-se essa comparação pois os tamboretes usados em botecos, festas de forró e bregas, tem o tamanho baixo.
Exemplo: “Com esse tamanho ela parece um tamborete de forró!”
Essa é mais umas das expressões de nossa região, mais que também é usada como forma discriminativa.

Revisão e atualização do texto: Maria de Fátima Marques Santos
Idade: 13 anos
Data: 30/04/2011


Revisão e atualização do mapeamento das expressões culturais de Cruz-Ce
Selo UNICEF edição 2009/2012

Ficha 06 Figuras populares
1- Jonas Muniz
João Muniz Sobrinho, mas conhecido como Jonas Muniz, nasceu em Jurema município de Acaraú, em 24 de abril de 1944, filho de Aderbal Muniz do Nascimento e Constância de Sousa Muniz, reside em Cruz desde seus oito anos de idade. Casado, mora próximo a Igreja Matriz de Cruz - CE. Pessoa ilustre e popular, desde criança mostrava ser um líder quando em suas brincadeiras liderava o grupo, tinha fascínio por compra e venda levando muito jeito para os negócios, onde se tornou um grande empresário bem sucedido.
Com o passar dos anos o mesmo, se voltou aos trabalhos político do município de Cruz, onde lutou pela emancipação política, quando Cruz dependia do município de Acaraú, momento em que se consagrou como líder político em nossa região. Primeiro prefeito, sendo considerado ícone na política. Homem bem sucedido, dinâmico e carismático é de origem humilde e pioneira na construção das principais obras de nosso município. Atualmente prefeito, procura desenvolver projetos para melhoria das atividades na sociedade, implementando ações de apoio à crianças e adolescente , para uma formação de cidadão participantes na sociedade em que vive, tornando-os conhecedores de sues direitos e deveres. Também desenvolve projetos culturais em parceria com as escola e comunidade, oferecendo um espaço para inovação e descobrir os talentos culturais dos jovens.
Revisão e atualização do texto: Nayra de Freitas Silveira
Idade: 12 anos
Data: 25/04/2011



2- Seu Manoel Israel
Manoel Nelson da Silveira, mas conhecido como Manoel Israel, nasceu em Aranaú município de Acaraú, tem 70 anos, mora em Cruz ha cerca 27 anos. Casado, reside na Rua Capitão Antônio Raimundo, s/n, mora próximo a Igreja Matriz, Cruz - CE. Pessoa nobre e popular, comerciante e ex-prefeito é um homem dedicado ao trabalho que desenvolve junto com a comunidade cruzense. Ousado, prestativo e voluntarioso integrou-se a comunidade e vem desempenhando inestimáveis benefícios nos setores assistenciais, culturais e projetos relacionados com a crianças e adolescentes, pois são os fatores mais importantes para um bom desenvolvimento da sociedade em que vivemos
Neste tempo em que reside nesta cidade, Sr. Manoel Israel como prefeito desenvolveu e continua a desenvolver projetos culturais, sociais e políticos da comunidade com ações voltadas para a justiça e o respeito à dignidade da pessoa humana. Tem mostrado grande preocupação com a educação de nossas crianças e jovens. É admirado por muitas pessoas, pois foi um ótimo prefeito e continua desenvolvendo suas ações na comunidade.

Revisão e atualização do texto: Alana Érika Sousa
Idade: 12 anos
Data: 25/04/2011


3- Pe. Valdery
Manoel Valdery da Rocha, mas conhecido como Padre Valdery, nasceu em Morrinhos, reside no município de Cruz há mais de 44 anos. Pároco de Cruz, mora próximo a Igreja Matriz, na Rua 6 de Abril, 107, centro, Cruz - CE. É uma pessoa culta, ilustre e dedicada ao trabalho que desenvolve como guia espiritual e amigo da comunidade. Comunicativo e operoso, integrou-se virtualmente ao rebanho que lhe foi confiado e vem proporcionando excelentes benefícios aos seus paroquianos, não só no setor religioso, mas também no setor cultural, assistencial, catequético, entre outros.
Neste período como pároco de Cruz, Pe. Valdery vem ajudando a todos não só na parte de condução para a religião pela sua pregação e oração da palavra de Deus, mas também na movimentação da vida social, cultural e política da sociedade com ações voltadas para a justiça, respeito mútuo e dignidade a pessoa. Além dessa atividade desenvolvida no município, ainda exerce atividades de magistério em uma universidade e no Instituto de Teologia, mostrando assim sua preocupação com a educação das crianças e dos jovens, tanto na religião como na busca de novos conhecimentos. Homem querido por todos.
Revisão e atualização do texto: Ana Kelly Silveira
Idade: 12 anos
Data: 25/04/2011



04- “Sr. Baltar”
Baltar Carneiro da Silva, conhecido como Baltar, nasceu em Tucuns no município de Cruz no ano de 1944. Hoje com 66 anos, mora a 35 anos na Rua Presidente Juscelino, no Bairro de Brasília. O mesmo é agricultor, mais se tornou conhecido e admirado por seu trabalho como curandeiro. Ë procurado diariamente por varias pessoas para que faça suas rezas e cure através da fé, e sempre atende a todos com alegria e dedicação.
Ativo e comunicativo, esse zeloso cidadão integrou-se a comunidade e vem prestando benefícios a mesma, não só no como curandeiro, mas também no setor cultural e religioso, sendo o mesmo o doador da casinha que passou por reforma e se tornou a Capela do bairro de Brasília.
Desde que aprendeu essa prática, o Sr. Baltar vem ajudando, não só na parte de cura para a comunidade, bem como ações voltadas para o respeito da pessoa humana, mostrando grande preocupação com a educação espiritual de nossas crianças.
Que o Sr. Baltar continue desempenhando em nossa comunidade seu papel de curandeiro e cidadão preocupado com o bem estar de sua comunidade.

Revisão e atualização do texto: Ana Laura Silveira Sousa
Idade: 10 anos
Data: 30/04/2011


05- “Chico Orlando”
Francisco Brandão de Sousa, conhecido como Chico Orlando, 53 anos, nasceu em 26/06/1957. Filho de Raimunda Maria de Sousa e Orlando Marques de Sousa. Mora até hoje na Rua 7 setembro, no centro da cidade.
É uma pessoa popular desde sua adolescência, pois aprendeu isso com seus pais e tenta repassar isso para seus filhos e netos. É defensor da cultura e acompanha e incentiva a prática de esportes entre os adolescentes.
Vereador de Cruz, é um homem ilustre, dedicado ao trabalho que desenvolve junto a população cruzense. Ajudou e ajuda no desenvolvimento do município. Por seu trabalho e popularidade entrou na política em 1992, e até hoje está no cargo de vereador, é o único com cinco mandatos consecutivos.


Revisão e atualização do texto: Keulle Nicole Nascimento
Idade:13 anos
Data: 30/04/2011


06-Maria Pereira Brandão
Nascida no Distrito de Aranaú em 1906, aos quatro dias do mês de Abril. Desde cedo despertou para o gosto de estudar apesar das dificuldades daquela época. Se alfabetizou em pouco tempo e se tornou um exemplo pra seu tempo, onde estudar era um luxo, quanto mais para uma mulher, que padecia com as tradições e costumes da época, onde a mulher era apenas a procriadora.
Em 1929, conheceu o Sr. Israel Manoel da Silveira, e logo começaram a namorar e em 23 de julho de 1932 casaram-se e foram morar na comunidade de Lagamar, distrito de Aranaú. Dessa união nasceram 8 filhos.
Mulher religiosa e dedicada, criou seus filhos, com os ensinamentos e preceitos da religião cristã. Cultivava dentro de si uma vocação, a de ensinar, vocação esta que começou a exercer ensinando a seus oito filhos. Mais isso não foi suficiente. Seu desejo de repassar o que aprendeu com muita dificuldade era forte e passou então a ensinar outras crianças da comunidade, indo contra a resistência de alguns pais que queriam que seus filhos trabalhassem com eles no roçado. E como se não bastasse tanta atividade , ainda procurava de acordo com suas posses, ajudar os carentes de sua comunidade, ganhando assim o respeito e admiração de todos.
Superou com muita dificuldade e força as perdas que teve durante sua vida, como a de três filhos e de seu companheiro. Mesmo assim, sempre possuiu uma família muito numerosa, com os cinco filhos que lhe restaram e muitos netos e bisnetos.
Na década de oitenta sua saúde se agravou e a mesma foi morar em Fortaleza com um de seus filhos para facilitar seu acompanhamento médico. No dia 10 de agosto de 1989, não resistiu ao peso implacável dos anos e faleceu, deixando a todos àqueles que a conheceram em vida, exemplos de amor e doação ao próximo.


Revisão e atualização do texto: Maria Osvaldinha Araújo
Idade: 34 anos
Data: 30/04/2011





quinta-feira, 14 de abril de 2011

Trecho da Carta de Pero Vaz


Trechos da carta

(...) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que cobrisse sua vergonhas. Nas mãos traziam arcos com sua setas. Vinham todos rijamente sobre o batel, e Nicolau Coelho lhes fez sinal que posassem os arcos. E eles os pousaram (...) A feição é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos (...) Não fazem o menor caso de encobrir ou mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, do comprimento de uma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudo nas pontas como furador (...) Os cabelos são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta (...) E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para trás, uma espécie de cabeleira de penas de aves amarelas (...) Isto me faz presumisse que não têm casas nem moradas a que se acolham, e o ar, que se criam, os faz tais. Nem nós ainda até agora vimos casa alguma ou maneira delas (...)
(...) Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra e as árvores de si lançam, e com isto andam tais e tão rijos e tão médios que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes comemos (...)
(...) Está terra, senhor, será tamanha que haverá nela bem vinte ou 25 légua por mar, muito grande, porque a estender olhos, não podíamos ter senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber se há ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro nem o vimos. Porém a terra em si é de muito nos ares, assim frios e temperados, como os de entre Doiro e Minho, porque nesse tempo de agora os achávamos como os de lá. As águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem. Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar.
E aqui aí não houvesse mais que ter esta pousada para esta navegação de Calicute, isso bastaria. Quanto mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentando da nossa santa fé. 
E nesta maneira, Senhor., vou aqui a Vossa Alteza contar do que nesta terra vi.
Deste Porto Seguro, de vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
(Pero Vaz de Caminha) 

sábado, 2 de abril de 2011

A Magia da Leitura - 2005

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Cleonice – Ah, se eu pudesse ler quantos livros existir! Os de histórias passadas e os das histórias que vão surgir... O que me importa se vida passa? Se há morte, ou, se há desgraça? Mais me importa é a necessidade de ler, a de escrever, a de sonhar... Conhecer, viajar, descobrir outro lugar, perceber, ver chegar um novo tempo em meu olhar. Infinitas estradas por onde andei, incansavelmente insisti. Foi viajando em outras galáxias que repentinamente um dia eu vi. Agora sou águia. Muito pequena, mas sou. Venho de longe, muito longe... Pra buscar o meu amor que de tão bela me encantou. Ela tem o que nenhum outro amor tem. Foi num lugar chamado mundo que por ela me apaixonei. Ah leitura! Meu amor maior! Sua vida me cativou. Sua beleza é tamanha que por força estranha, pra muito longe me levou. Quanta loucura encontrei nos caminhos que passei, mas desafio a qualquer pessoa que igual ti grande leitura nunca encontrei. E assim foi minha vida que por ti me apaixonei. (...).

Luana – Que loucura esta figura! Olhe em sua face, e, veja a bravura de uma pessoa em leitura.Oh, Monteiro Lobato! Que seria de nós sem ti? Diga-me Rachel de Queirós, se igual a ti poderá existir...

Glaiane – Por que estás a chorar por alguém que não existe?
Luana – Como não existe, se ela está em todo lugar? Olhe para todos, ela está em nosso olhar!

Patrícia – você que é inteligente que discute saber mais, já imaginou quantos livros leu em toda sua vida?

Glaiane – já esqueceu das frases mais ouvidas?

Tiago – Das casinhas construídas?

Coro – Já esqueceu?

Brendon – Onde está aquele livro que leu?

Luana – Em meio a que poeira você escondeu?

Brendon – Deve está trancado, chorando muito porque nele nunca mais toquei. Tenho lido várias vezes... Posso até dizer que já decorei.

Glaiane – Assassino! Assassino! Não deixe seu amigo morrer... Dê ele para alguém, faça-o sobreviver. Triste hora está passando, você não vê?

Patrícia – Hei você ai, porque olha tanto pra mim? Sou pobre e não pude comprar livro... Por favor, doa um pra mim...

Tiago – Oh, virgem dos lábios de mel! Oh, Iracema meu amor... Socorra-me porque estou apaixonado.

Brendon – De que falas meu amigo?

Tiago – Nunca ouvistes falar de Iracema?

Breno – Não!

Coro – Como não?!

Luana – Você não leu...

Cleonice – 'Pronto! Exauriu a pachorra. O jeito é meter a brimba pra matutar direito e encetar a labuta!'

Tiago – Que história é esta?

Brendon – Não ouvistes falar o que disse o autor?

Patrícia – Você que se diz inteligente que se julga conhecedor... Compreende o diz autor?

Brendon – O que não entendeu?

Coro – Você não leu...

Tiago – Leu?

Brendon – Para entender o que diz nossa gente, seja você um vencedor. Conheça a nossa cultura conheça Clarice Lispector.

Cleonice – Diga-me senhor... Sou ignorante por perguntar? Sinto uma imensa vontade de viver, de sonhar e sonhar!

Patrícia – Digo-te pobre trabalhador: inteligente é o que pergunta. O que não pergunta de nada pode saber. Só pergunta o que sabe, o que não sabe nada pode dizer.

Tiago – Mas não te preocupe por não saber... Só existe um remédio para a ignorância: é ler, ler e ler!

Luana – Você começa com pequenos livros. Um por um tenta entender. Sem demoras nem custo algum, muita coisa você vai aprender.

Patrícia – Hei, pessoal! Dêem espaço pra mim... Deixe eu me apresentar! Sou a mulher que encantou muitos e muitos e na vida eu fiz levantar.

Glaiane – Sou a que te diz o eu é cultura.

Brendon – Aquela que faz você viajar.

Luana – Diga-me se queres e eu farei você se encontrar, mas se não queres em nada poderei te ajudar.

Tiago – Está vazio? Venha aqui, aqui é seu lugar.

Coro – (Brendon, Glaiane, Patrícia) Venha não deixe amedrontar.

Coro – (Tiago, Luana) – Sou o livro que ensina pra vida.

Coro – (Brendon, Glaiane, Patrícia) – Basta você se ajudar.

Glaiane – Não esquente sua cabeça, comece a andar. Aos poucos tomo suas veias. E pra sempre se salvará. Em um mundo competitivo não vai ser difícil conquistar.

Patrícia – Leia. Mas leia mesmo!


Texto: Professora C. Andrade. 2005.

Obrigada pelo C.A.R.I.N.H.O de vocês, amigos!

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