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quarta-feira, 25 de março de 2009

Programa de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério - FEVEREIRO


Relatório Reflexivo - Fevereiro


O material apresentado sobre a formação teórica, a realidade subjetiva e a prática desejada dos professores, aborda em linhas gerais uma reflexão sobre o trabalho do professor nos dias de hoje. É feita uma explanação teórica do que significa epistemologicamente a palavra professor e conclui, pelo menos em tese, que o papel desse profissional mudou ao longo da história. Os tempos mudaram mais a formação para lecionar continua carregada de contradições e descontextualizada na grande maioria dos casos.

Júlio César Furtado dos Santos faz um ensaio escandaloso do que é e como é tratado o professor na sua intimidade como profissional. A imagem que a cada dia fica mais apagada frente as tecnologias e que no entanto nenhuma civilização consegue sobreviver sem ele. Segundo ele o professor é aquele que confessa, abraça uma causa, adota um ideal. De certa forma pode-se afirmar que um professor tem que saber utilizar estes sinônimos, pois a situação atual é que não é só professor aquele que transmite conteúdos e sim aquele que tem uma compreensão filosófica do mundo e do educando. Deve estar ciente do que se aplica em sala de aula e de seus objetivos pedagógicos além de “formar” de certo modo um censo do educando. Sabe-se que nem todos aplicam esses métodos, estão nessa profissão apenas por falta de opção de oferta de emprego e como a maior oferta encontra-se nessa área, a maioria opta por ser professor. Assim existe uma grande massa de profissionais não qualificados, prejudicando às vezes a educação de muitos.

É dito a um tom bem audível que o professor está passando por um processo de transformação, mas há um equívoco nessa afirmação, pois o que há é a necessidade da transformação para que haja acompanhamento das mudanças profundas que a sociedade passa neste novo milênio. No entanto ninguém norteia esse profissional na busca da famosa reciclagem, dando apenas a ele um amontoado de documentos novos com novas competências que, a curto prazo, deverão ser digeridas.

Portanto não podemos julgar apenas a má formação, pois nos últimos anos nos deparamos com a entrada de alunos com muitas dificuldades familiares e na sociedade, antigamente quando um apresentava certa dificuldade ele era convidado a sair da escola e hoje não é mais assim, se ele apresenta inquietação a escola tem que buscar soluções e não se livrar dele.

Júlio César Furtado dos Santos, ainda denuncia, extraordinariamente, o descaso com os estágios tanto em sua fundamentação como na questão espaço-temporal, não tendo nunca como fazer ajustes para melhor resultado. Outra vergonha apresentada por Melo via Júlio César é com relação há “não a clareza sobre quais são os conteúdos que o professor em formação deve aprender, em razão de precisar saber mais do que vai ensinar, e quais os conteúdos de ensino propriamente ditos”. Neste caso fica clara a falta de ligação entre o processo pedagógico ensinado e a abordagem dos conteúdos de ensino. Não é a toa que vemos médicos, contadores, advogados e outros profissionais, lecionando numa boa em escolas regulares.

Quando o autor faz a seguinte citação:


A transição do ensinar, lecionar e recomendar para o confessar, abraçar e adotar requer muito mais que diretrizes, parâmetros e temas transversais instituídos. Requer a reconfiguração do professor, meta que só será atingida através da preocupação séria com a formação desse profissional, incluindo-se aí ênfase na formação do professor quanto pessoa”.


Dessa forma ele vê o professor como se fosse uma máquina reprogramável, um computador, que pode ser reconfigurado a qualquer instante, não lembrando a realidade de está dentro de uma sala de aula onde cada aluno na maioria das vezes apresenta dificuldades psicológicas. Assim pode ser o melhor professor, o mais capacitado, mas se o aluno estiver determinado a não querer aprender não existe educador que consiga realizar sua tarefa. Teorias e mais teorias, obviamente temos que está sabendo, o que acontece é que na prática a realidade é bem diferente.

O estudo foi muito proveitoso, pois através das discussões ficou conhecida diferentes opiniões que de certa forma contribuiu para o crescimento profissional dos educadores e o mais importante, é que foram contestadas algumas opiniões do autor, pois mesmo ele sendo um Mestre em Educação não é necessariamente obrigatório concordarmos com tudo que ele diz.

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Obrigada pelo C.A.R.I.N.H.O de vocês, amigos!

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